segunda-feira, 9 de setembro de 2013


O Fluminense na Bienal do Livro                                  

            O convite recebido pelo meu amigo João Boltshauser para participar como palestrante de uma das mesas de debate no estante do Fluminense, na Bienal do Livro, muito me sensibilizou.

           Alguns aspectos foram importantíssimos. Primeiramente, como tricolor, me senti altamente gratificado por ver o meu clube se tornar o pioneiro em marcar presença na Bienal do Livro.

            Quando cheguei ao estante tricolor, encontrei Assis, considerado pela torcida o “Carrasco” do Flamengo pelos gols marcados nas partidas decisivas nos campeonatos estaduais de 1983 e 1984.

            Recordamos grandes momentos da trajetória do Fluminense no tricampeonato estadual, no brasileiro de 1984 e falamos sobre os personagens que em campo participaram daquelas conquistas.

            Tive, também, a oportunidade de conhecer pessoalmente dois brilhantes e conhecidos  jornalistas, o tricolor João Luiz Albuquerque e o corintiano e tricolor Juca Kfouri. Com eles e mais o João Máximo, outro amante das três cores, o americano José Trajano e o escritor Ivan Sant’Anna formamos um time que contou muitas histórias sobre o Fluminense.
            Nos últimos dez anos a edição de livros esportivos, especialmente sobre futebol, se multiplicou. Foram muitas as publicações sobre o Fluminense a partir do centenário do clube em 2002.
            Nesse período, tivemos os 90 anos da inauguração do estádio (1919-2009); os 40 anos do título estadual de 1971; os 40 anos do título brasileiro de 1970; os 30 anos do título brasileiro de 1984; os 40 anos do título estadual de 1973, além de as  últimas conquistas que incluem os títulos dos brasileiros de 2010 e 2012.

            Todos esses capítulos da gloriosa história tricolor estavam à disposição do público em forma de livros. Encerrei o dia na bienal ao lado de meu amigo Valterson Botelho, que relançou a biografia de Waldo, maior artilheiro da história do Fluminense.

            O Flu Memória, com o apoio da Assessoria de Imprensa do clube, foi responsável pela presença do Fluminense na Bienal do Livro. Bolt, Heitor e Daniel formam um trio campeão, que se preocupa com o resgate e a preservação da memória tricolor. Parabéns aos três cracaços!
            Esperamos que o exemplo do Fluminense seja seguido pelos seus coirmãos. Precisamos permanentemente valorizar a cultura esportiva brasileira. A literatura é um bom caminho.
 
 
A partir da esquerda: em pé, Daniel, Heitor e João Luiz; sentados. Juca, Rezende, Assis, Ivan e João Máximo. Nós contamos muitas histórias sobre o Fluminense
 
 
Bolt, Diretor do Flu Memória, e Rezende
 
 
 
Rezende e Assis, ídolo tricolor e "carrasco" do Flamengo nas decisões de os estaduais de 1983 e 84
 
 
 
Rezende e Valterson, autor de a excelente biografia de Waldo, o maior artilheiro tricolor
 
 
 
 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013


                        Flu vence o Fla e é campeão embaixo de chuva

                 O fraco desempenho do time no primeiro turno do campeonato estadual de 1973 determinou a contratação do técnico Davi Ferreira, o popular Duque, para o lugar do veterano Zezé Moreira, que passou a ser o Coordenador Técnico.

                 Duque valorizou a prata da casa e promoveu o goleiro Roberto, Carlos Alberto Pintinho e Cleber, a dupla de meio campo, além de Marquinho e Zé Roberto. Foram barrados alguns medalhões, como Oliveira e Denilson, e o clube contratou Manfrini, ex-Ponte Preta, e Dionísio, ex-Flamengo.

                 Com a paralisação do campeonato devido a uma excursão da seleção brasileira, Duque levou o time para a África, onde longe das críticas pela péssima campanha do 1º turno, arrumou a casa como desejava: muito trabalho, dedicação e disciplina.

                 O Fluminense venceu o 2º turno e o grupo B. Esperou a decisão entre Flamengo e Vasco para saber quem seria o seu adversário na decisão do campeonato.

                 No dia 22 de agosto de 1973, quarta-feira, há 40 anos, a forte chuva não afugentou os 70 mil torcedores que compareceram ao Maracanã.  A emoção esteve presente do primeiro ao último minuto do jogo.

                 Transmitimos esse sensacional Fla x Flu pela Rádio Vera Cruz, 1440 Khz, ao lado dos saudosos e querido companheiros Waldir José, Roberto Feijó e Ademar Gonçalves.

                 O 1º tempo terminou com a vantagem tricolor de 2 a 0, gols de Manfrini aos 40 e Toninho aos 45 minutos. O Flamengo, dirigido por Zagallo, partiu para o ataque e o artilheiro Dario, o “Dadá Maravilha”, marcou aos 25 e 33 minutos do 2º tempo. O Fluminense se recuperou do golpe rapidamente e dois minutos depois Manfrini desempatou. Mais quatro minutos e Dionísio encerrou o placar: Fluminense 4 a 2.

                 Duque nos falou sobre a preparação do time:                                                                                      

     “Pedi para a direção arrumar uma excursão, com objetivo de organizar a equipe. Precisava ficar com os jogadores fora do Rio, treinando duas vezes por dia e fazendo jogos. Fomos para a África e jogamos em Angola, Suazilândia, África do Sul, Namíbia e outros países. Realizamos doze jogos e ficamos invictos, apenas com um empate.

                   A imprensa jocosamente anunciava que ganhar na África não era vantagem, porque lá ninguém jogava futebol. Quando cheguei ao Rio, rebati as críticas, afirmando que a imprensa tinha uma idéia errada do futebol da África, de Jim da Selva, Chita e Tarzan. Ao contrário, o futebol africano era bom e o Fluminense estava preparado para o campeonato.”

            O Fluminense  prestou no último  dia 22 de agosto, em sua sede na Rua Álvaro Chaves, merecida homengem aos campeões estaduais de 1973. A iniciativa de João Boltshauser, Diretor do Flu Memória, sensibilizou grandes ídolos tricolores que fizeram parte do elenco campeão estadual de 1973.

            Estiveram presentes o técnico Duque, o supervisor Emilson Pessanha e os jogadores Manfrini, Jorge Vitório, Silveira, Zé Maria, Dionísio, Jeremias. Todos receberam a camisa triciolor personalizada, lembrando a inesquecível conquista.
            A equipe do Flu Memória merece os elogios de todos aqueles que lutam para manter vivos os fatos e os personagens que construíram a gloriosa história do Fluminense.
            Está de parabéns a equipe do Flu Memória integrada pelo Daniel, Heitor e Bolt. Um trio nota 10.
 
Zé Roberto, preparador físico, o técnico Duque e o supervisor Emilson Pessanha


 
Time do Fluminense, em Lourenço Marques, uma das etapas de a preparação para o campeonato estadual
 
 
 
No empate de 0 a 0com o Vasco, Dionísio salta com Andrada
 
 
 
Na goleada de 5 a 0 sobre o Bangu, Dionísio marca o 2o gol tricolor
 
 
Manfrini abre a contagem na grande vitória por 4 a 2 na final diante do Flamengo
 
 
Dionísio vibra com Manfrini após marcar o 4o gol tricolor no Fla-Flu
 
 
O capitão Assis recebe o abraço do presidente Jorge Frias de Paula
 
 
 
Time do Fluminense campeão estadual de 1973: em pé, Carlos Alberto Parreira, preparador físico, Toninho, Félix, Bruñel, Pintinho, Assis, Marco Antônio e Duque; agachados, Marquinhos, Cleber, Dionísio, Manfrini e Lula
 
 
Homenagem da Rádio Globo aos campeões. A partir da esquerda, Renan França, do Departamento de Promoções, o grande tricolor e jornalista Nelson Rodrigues, Hugo Molinaro, diretor de futebol, o técnico Duque, o repórter Denis Menezes, Bruñel, o vice de futebol Ailton Machado e o radialista Auro Ameno